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  • Foto do escritorDra. Michelle Ramos

Doença de Parkinson e estresse: qual é a relação entre eles?


O estresse e a Doença de Parkinson
Conheça a relação entre o Estresse e a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


Ela é caracterizada principalmente por sintomas motores, como tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e instabilidade postural.


Além dos sintomas motores, muitos pacientes experimentam dificuldades emocionais e cognitivas, o que pode afetar significativamente sua qualidade de vida.


Por isso, é importante considerar todos os aspectos da doença, incluindo os fatores que podem agravar os sintomas, como o estresse crônico.


Neste artigo, vou explicar a relação entre a DP e o estresse - e como manejar os sintomas.


Continue a leitura e confira.



Estresse como fator de agravamento da doença de Parkinson


A doença de Parkinson resulta da degeneração das células produtoras de dopamina no cérebro, afetando a comunicação entre as células nervosas.


Além dos sintomas motores, a DP também pode levar a uma variedade de sintomas não motores, incluindo depressão, ansiedade, distúrbios do sono e problemas cognitivos.


Portanto, o estresse é um fator importante a ser considerado no contexto da doença de Parkinson.


Quando os pacientes enfrentam situações estressantes, seus sintomas motores, como tremores e rigidez, muitas vezes se agravam.


Além disso, o estresse crônico pode contribuir para a piora de sintomas não motores, como ansiedade e depressão.


Isso ocorre devido à complexa interação entre o estresse e o sistema nervoso central.


A resposta ao estresse envolve a liberação de hormônios como o cortisol, que pode influenciar na neurotransmissão de dopamina, acentuando os sintomas da doença de Parkinson.


Além disso, o estresse crônico pode impactar negativamente o sistema imunológico, tornando o organismo mais vulnerável a inflamações, que também estão relacionadas à progressão da DP.



Estresse e risco de desenvolvimento da doença de Parkinson


Embora a causa exata da doença de Parkinson não seja totalmente compreendida, acredita-se que a interação entre fatores genéticos e ambientais desempenhe um papel importante.


O estresse crônico é um fator ambiental que tem sido objeto de estudos, e há evidências sugerindo que ele pode aumentar o risco de desenvolver a doença em indivíduos geneticamente predispostos.


No entanto, é importante destacar que o estresse, por si só, não é uma causa direta da doença de Parkinson, e que a relação é complexa.


Alguns estudos têm encontrado associações entre a exposição a situações de estresse crônico, como no local de trabalho, e um aumento modesto no risco de desenvolvimento da DP.


Tais descobertas ressaltam a necessidade de continuar a pesquisa para entender melhor a relação entre o estresse e a doença.


Acima de tudo, é importante destacar que o estresse não é o único fator associado ao desenvolvimento da DP.


Por isso, a prevenção e a gestão do estresse devem ser consideradas, mas não devem ser vistas como medidas únicas para evitar o mal de Parkinson.



A importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo dos sintomas


O tratamento da doença de Parkinson é mais eficaz com uma abordagem multidisciplinar.


Além da intervenção direta do neurologista, outros profissionais de saúde desempenham papéis essenciais no manejo da doença.


Isso inclui psicólogos e psiquiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.


A abordagem multidisciplinar não apenas ajuda a gerenciar os sintomas da doença de Parkinson, mas também melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.


Ao fornecer suporte abrangente, os pacientes podem aprender estratégias de adaptação e gerenciamento do estresse, bem como manter uma vida ativa e independente pelo maior tempo possível.


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