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  • Foto do escritorDra. Michelle Ramos

Conscientização da Doença de Parkinson: o que é, sintomas e tratamentos

Se você ou alguém da sua família fosse diagnosticado com Doença de Parkinson agora, qual seria sua reação?


Apesar de ser a segunda condição degenerativa mais frequente no mundo, muitas pessoas ainda desconhecem as características e os tratamentos para a Doença de Parkinson.


Os sintomas vão além dos tremores nas mãos e é possível conviver com a Doença de Parkinson com qualidade de vida e de forma funcional.


Continue a leitura e saiba mais sobre o que é, quais são os sintomas e os tratamentos disponíveis para essa condição neurológica que ainda é cercada de muito estigma e preconceito.


O que é a Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central.


A condição é causada por uma diminuição acentuada da produção de dopamina, redução que ocorre de forma progressiva e assimétrica, pois a perda geralmente ocorre em um lado do cérebro e depois do outro lado, levando a sintomas de forma desigual de um lado e do outro do corpo.


Conforme vamos envelhecendo, as células nervosas que produzem dopamina vão se degenerando lentamente. Em um indivíduo com Doença de Parkinson, porém, essa perda acontece em um ritmo mais acelerado e com maior intensidade - daí a manifestação dos sintomas.


Apesar do grande esforço dos cientistas, ainda não se sabe exatamente quais são as razões que levam a essa degeneração das células nervosas, admitindo-se que fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o quadro.


Sintomas

A Doença de Parkinson pode se apresentar de diferentes formas, o que pode dificultar o diagnóstico.

Algumas das queixas mais frequentes :

  • Tremores dos membros em repouso;

  • Rigidez muscular que leva a muitas dores;

  • Lentidão de movimentos;

  • Instabilidade postural;

  • Alterações na fala e na deglutição;

  • Dificuldade para realizar alguns movimentos, tais como abotoar uma camisa, sair do carro, rolar na cama.

Existem ainda outros sintomas não motores, tais como a diminuição do olfato, constipação intestinal, e depressão.

É importante destacar que muitos desses sintomas podem estar presentes em outras patologias que causam movimentos involuntários.

Por isso, é fundamental buscar a orientação de um neurologista para obter um diagnóstico preciso.

Tratamentos

Apesar de ainda não existir cura para esse distúrbio, a Doença de Parkinson é tratável e existem algumas opções terapêuticas que ajudam a retardar o seu avanço e melhorar a qualidade de vida do paciente.


De forma geral, o objetivo do tratamento é controlar os sintomas da doença.


O tratamento da doença deve ser contemplado através de dois pilares: o tratamento medicamentoso e o acompanhamento multidisciplinar ( fisioterapia e fonoaudiologia).


Após 5 anos do diagnóstico de Parkinson , podemos avaliar se o paciente tem ou não indicação da cirurgia , a qual consiste em realizar a implantação de um neuroestimulador cerebral responsável por uma Estimulação Profunda cerebral (Deep Brain Stimulation - DBS em inglês). Dispositivo que entra como um aliado ao tratamento medicamentoso.


Seja qual for a abordagem terapêutica escolhida, o tratamento deve ser multidisciplinar, com profissionais da fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e educação física.

Acima de tudo, o objetivo deve ser melhorar a qualidade de vida do paciente portador da Doença de Parkinson, reduzindo os prejuízos funcionais e oferecendo mais independência e autonomia.


É fundamental divulgar informações sobre o Parkinson, patologia tão comum - mas ainda cheia de estigmas, até mesmo como denominado geralmente - “ Mal de Parkinson''.

Ao notar qualquer sintoma neurológico que possa sugerir a doença, não deixe de procurar um especialista, pois o tratamento precoce pode fazer toda diferença na qualidade de vida.


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