O tema da saúde mental tem deixado de ser um tabu e, cada vez mais, vem sendo discutido entre amigos, familiares e colegas de trabalho.
No ambiente profissional, uma doença que tem ganhado bastante relevância nos últimos tempos é a Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional caracterizado por sintomas de exaustão, estresse e esgotamento físico e mental.
Resultante de situações de trabalho desgastantes e que demandam muita competitividade e responsabilidade, a Síndrome de Burnout é um assunto sério.
Neste artigo, vou falar sobre as principais causas, sintomas, tratamentos e formas de prevenção deste distúrbio emocional.
Continue a leitura e confira.
O que é a Síndrome de Burnout?
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout é caracterizada por um estado de tensão emocional provocado por um trabalho física, emocional e psicologicamente desgastante.
Esta é uma síndrome comum entre profissionais que atuam diariamente sob pressão, tais como médicos, enfermeiros, professores, policiais e outros que desempenham jornada dupla ou tripla.
O burnout também pode acontecer quando o profissional é pautado por objetivos de trabalho muito difíceis que, por algum motivo, pode achar que não tem capacidade para cumprir.
Além disso, a pessoa pode já estar desempenhando muitas atividades ao mesmo tempo, impedindo o cumprimento das demandas impostas pelos chefes, por exemplo.
Assim, o indivíduo se sente sobrecarregado e ao mesmo tempo incapaz, associando seu valor como pessoa ao seu desempenho no ambiente de trabalho.
Quando analisamos o significado de “burnout”, a explicação se torna ainda mais clara.
O termo vem da união de duas palavras em inglês: “burn” quer dizer queimar e “out” significa exterior. Ou seja, a Síndrome de Burnout é como queimar de fora para dentro, quando fatores externos causam muita pressão no interior, na mente.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Normalmente, os sintomas da Síndrome de Burnout surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar do tempo.
Pacientes com a doença geralmente pensam que se trata de um cansaço passageiro, mas é preciso ficar atento à persistência do mal-estar.
Alguns dos principais sintomas da síndrome são:
Cansaço físico e mental excessivo;
Dores de cabeça constantes;
Alterações do apetite e do sono;
Dificuldades de concentração;
Sentimentos de fracasso, insegurança, incompetência e desesperança;
Pensamentos negativos constantes;
Desânimo generalizado;
Alterações repentinas de humor;
Isolamento;
Fadiga excessiva;
Dores musculares;
Aumento da pressão arterial;
Problemas no sistema gastrointestinal (estômago e intestino).
É importante destacar que não é preciso apresentar todos os sintomas para ser diagnosticado com burnout.
Assim, ao notar qualquer sinal, não deixe de buscar ajuda profissional.
Como tratar e prevenir o Burnout
O tratamento da Síndrome de Burnout é feito principalmente com psicoterapia, podendo ou não envolver o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos.
Além disso, mudanças no estilo de vida e no ambiente de trabalho também são de fundamental importância.
A melhor forma de prevenir e tratar a Síndrome de Burnout é elaborar estratégias que diminuam o estresse no ambiente de trabalho.
Algumas dicas que podem ajudar são:
Defina objetivos realistas para a vida profissional e pessoal;
Quando não estiver no trabalho, participe de atividades que te deem prazer, junto a amigos e familiares;
Evite o contato com pessoas negativas, que só reclamam do trabalho e de outras pessoas;
Converse com alguém de confiança sobre seus sentimentos;
Pratique atividades físicas regulares. Busque o que mais gosta e se mantenha em movimento;
Permita-se descansar, dormindo pelo menos 8 horas por dia e aproveitando os momentos de folga;
Evite o consumo excessivo de álcool, tabaco ou outras drogas, pois elas podem piorar o seu estado de confusão mental;
Não se automedique nem tome medicamentos sem prescrição médica.
Em resumo, a melhor forma de prevenir e tratar a Síndrome de Burnout é buscar o equilíbrio entre o trabalho, lazer, vida social e atividades físicas.
Caso note qualquer sintoma, não deixe de procurar ajuda médica. O neurologista, psiquiatra ou psicólogos são profissionais que podem te auxiliar nesse momento.